terça-feira, 2 de setembro de 2014

Demons....









"The first demon in our life is laziness. It is the first obstacle on the spiritual path."

Tulku Lobsang

terça-feira, 12 de agosto de 2014

O'Captain my Captain




Hoje comecei o dia com a notícia de que Robin William se tinha suicidado... fiquei triste! Não consegui desviar a minha cabeça deste pensamento durante todo o dia... porquê? 



“É triste ler que Robin Williams morreu, por muito pouco próximo que ele nos seja. É transversalmente triste pensar que a vida lhe consumiu o sorriso que deixou nos outros, vezes sem conta!" 

Porque foi exactamente isto que senti... porque é fácil confundir a ficção com a vida real, e difícil de imaginar que uma pessoa que passou anos e anos a fazer-nos rir, acabasse por perder o sorriso, e partisse desta forma... 
Obrigada pelas muitas gargalhadas... pelas boas energias que transmitias do outro lado do ecrã... pelos bons momentos que nos fizeste ter... obrigada por ensinamento do "Carpe Diem", que tem ajudado a mudar a minha vida... 
R.I.P Robin Williams... e que consigas re-encontrar o sorriso que perdeste.....

O Captain! my Captain! our fearful trip is done;
The ship has weathered every rack, the prize we sought is won;
The port is near, the bells I hear, the people all exulting,
While follow eyes the steady keel, the vessel grim and daring:

But O heart! heart! heart!
O the bleeding drops of red,
Where on the deck my Captain lies,
Fallen cold and dead.
O Captain! my Captain! rise up and hear the bells;
Rise up—for you the flag is flung—for you the bugle trills;
For you bouquets and ribboned wreaths—for you the shores a-crowding;
For you they call, the swaying mass, their eager faces turning;

Here Captain! dear father!
This arm beneath your head;
It is some dream that on the deck,
You’ve fallen cold and dead.
My Captain does not answer, his lips are pale and still;
My father does not feel my arm, he has no pulse nor will;
The ship is anchored safe and sound, its voyage closed and done;
From fearful trip, the victor ship, comes in with object won;

Exult, O shores, and ring, O bells!
But I, with mournful tread,
Walk the deck my Captain lies,
Fallen cold and dead. 

sábado, 2 de agosto de 2014

Vida...

"Você não está aqui para impressionar o mundo. 
Está aqui para viver uma vida feliz!"
Richard Bach

domingo, 27 de julho de 2014

domingo, 6 de julho de 2014

Casa

Gosto de andar de comboio e observar a paisagem que vai brindando a minha passagem. Hoje, e com alguma frequência, observo as casas.  Há antigas, modernas, ultra-modernas, novas, bem conservadas, em ruinas, habitadas, abandonadas, cuidadas, a acusarem o peso do tempo, para venda.... gosto de casas e vou sonhando e imaginando que um dia também vou ter a minha casa, e como ela se vai parecer. É certo que ela não tem ainda uma forma definida, pois à medida que os meus olhos cruzam casas que me fazem sorrir, a minha futura casa muda uma vez mais de forma! 
Mas é tão curioso como eu pensava que ter uma casa, algo fixo, num único sítio, que não posso carregar, transportar ou mudar de local nunca foi o meu objectivo, mas cada vez mais dou comigo a pensar: "como será a minha casa?"

Sinto que algo mudou em mim, e que, no meu inconsciente esse lugar passou a fazer sentido!

sábado, 5 de julho de 2014

Como é que se esquece alguém que se ama?

"Como é que se esquece alguém que se ama? Como é que se esquece alguém que nos faz falta e que nos custa mais lembrar que viver? Quando alguém se vai embora de repente como é que se faz para ficar? Quando alguém morre, quando alguém se separa - como é que se faz quando a pessoa de quem se precisa já lá não está? 

As pessoas têm de morrer; os amores de acabar. As pessoas têm de partir, os sítios têm de ficar longe uns dos outros, os tempos têm de mudar Sim, mas como se faz? Como se esquece? Devagar. É preciso esquecer devagar. Se uma pessoa tenta esquecer-se de repente, a outra pode ficar-lhe para sempre. Podem pôr-se processos e acções de despejo a quem se tem no coração, fazer os maiores escarcéus, entrar nas maiores peixeiradas, mas não se podem despejar de repente. Elas não saem de lá. Estúpidas! É preciso aguentar. Já ninguém está para isso, mas é preciso aguentar. A primeira parte de qualquer cura é aceitar-se que se está doente. É preciso paciência. O pior é que vivemos tempos imediatos em que já ninguém aguenta nada. Ninguém aguenta a dor. De cabeça ou do coração. Ninguém aguenta estar triste. Ninguém aguenta estar sozinho. Tomam-se conselhos e comprimidos. Procuram-se escapes e alternativas. Mas a tristeza só há-de passar entristecendo-se. Não se pode esquecer alguem antes de terminar de lembrá-lo. Quem procura evitar o luto, prolonga-o no tempo e desonra-o na alma. A saudade é uma dor que pode passar depois de devidamente doída, devidamente honrada. É uma dor que é preciso aceitar, primeiro, aceitar. 

É preciso aceitar esta mágoa esta moinha, que nos despedaça o coração e que nos mói mesmo e que nos dá cabo do juízo. É preciso aceitar o amor e a morte, a separação e a tristeza, a falta de lógica, a falta de justiça, a falta de solução. Quantos problemas do mundo seriam menos pesados se tivessem apenas o peso que têm em si , isto é, se os livrássemos da carga que lhes damos, aceitando que não têm solução. 

Não adianta fugir com o rabo à seringa. Muitas vezes nem há seringa. Nem injecção. Nem remédio. Nem conhecimento certo da doença de que se padece. Muitas vezes só existe a agulha. 

Dizem-nos, para esquecer, para ocupar a cabeça, para trabalhar mais, para distrair a vista, para nos divertirmos mais, mas quanto mais conseguimos fugir, mais temos mais tarde de enfrentar. Fica tudo à nossa espera. Acumula-se-nos tudo na alma, fica tudo desarrumado. 

O esquecimento não tem arte. Os momentos de esquecimento, conseguidos com grande custo, com comprimidos e amigos e livros e copos, pagam-se depois em condoídas lembranças a dobrar. Para esquecer é preciso deixar correr o coração, de lembrança em lembrança, na esperança de ele se cansar."

Miguel Esteves Cardoso, in 'Último Volume'




E eu não esqueci... parece-me que nunca irei esquecer... mas dói menos! As lágrimas foram substituídas por um sorriso ao lembrar bons momentos que partilhámos e que ficaram para sempre! Claro que continuo a sentir a tua falta, mas ao mesmo tempo sinto a tua presença e sei que continuas a fazer-me companhia! Não me sinto mais sozinha, não me sinto abandonada... sinto-me acompanhada.... 
Por isso, porque agora sei que me consegues ouvir, um beijinho de Parabéns! 
Porque sei que o vais receber com um sorriso nos lábios!
Adoro-te minha estrelinha :) 

terça-feira, 1 de julho de 2014

Desculpas....

Porque sinto que temos cada vez mais as nossas prioridades invertidas, é hora de pararmos, olharmos para dentro de nós mesmos e analisarmos: "o que é o mais importante na minha vida? O que me deixa os olhos a brilhar? Um sorriso no rosto? O coração a bater mais forte? O que quero encontrar quando chego a casa do trabalho? O que quero recordar daqui a 40 anos?..." 

Tenho a certeza de que as respostas não são iguais para cada um de nós... e não creio que existam respostas certas ou erradas... existe a nossa convicção de que sabemos pelo menos qual é a nossa resposta! E temos a certeza dela?! Será? Provavelmente não... se calhar precisamos de parar, abrandar o ritmo, fazer silêncio e  escutarmos-nos... parar de encontrar desculpas e aprender a escutarmos o mais intimo de nós... e antes que seja tarde demais.... 


"amo-te tanto mas hoje tenho de levar o carro ao mecânico, as rodas fazem um barulho estranho, não deve ser nada mas é melhor prevenir, amanhã prometo que vamos ver que tal se come naquele restaurante novo junto à rotunda, e depois levo-te ao cinema, ai não que não levo, 

amo-te tanto mas hoje tenho de ver o treino do miúdo, o treinador ligou e disse-me que temos craque, o nosso menino a jogar como gente grande, vê lá tu, quando chegar com ele vê se tens prontinha aquela comida que ele adora, o puto merece, ai não que não merece,
amo-te tanto mas hoje tenho de ficar até tarde no escritório, há aquele projecto do estrangeiro para fechar, está aqui tudo perdido de nervos, não sei se aguento, daqui a pouco ligo-te para saber como vai tudo, o miúdo e as coisas aí em casa, agora tenho de ir mostrar a esta gente toda como se trabalha, ai não que não tenho, 
amo-te tanto mas hoje tenho de me deitar cedo, amanhã é aquela reunião importante de que te falei, se conseguir o cliente vamos ser tão felizes, aquela casa, o carro novo, quem sabe?, só tenho de o conseguir convencer, tenho tudo prontinho na minha cabeça e nada pode falhar, vamos ser ricos, é o que é, ai não que não vamos,
amo-te tanto mas hoje não estás, cheguei à hora combinada para te levar a jantar e tu não estás, o miúdo também não, deve estar no treino, deixa-me cá ligar, ninguém atende, nem tu nem ele, provavelmente deves estar a preparar alguma, sempre foste tão assim, cheia de surpresas, daqui a nada entras pela porta e dizes que me amas, ai não que não dizes,
amo-te tanto mas hoje tenho de assinar este papel, olho-te e peço-te perdão, prometo-te que não vai haver mais mecânicos nem treinos nem clientes estrangeiros nem reuniões entre nós, garanto-te que te quero acima de tudo, olho-te mais uma vez nos olhos e procuro acalmar o que te dói, mas tu só dizes para eu assinar e eu assino, as mãos tremem e até já uma lágrima caiu sobre elas, o nosso filho quando souber vai chorar como um menino pequeno outra vez, o nosso craque, podias ficar pelo menos pelo nosso craque, ou pelo menos por mim, para me manteres vivo, Deus me salve de não te ter comigo, sou uma impossibilidade se não te tiver para gostar, ai não que não sou,
amo-te tanto mas hoje não tenho nada para fazer, a casa escura, um silêncio vazio e nada para fazer, apenas esperar que te esqueças de mim e me voltes a amar, e eu amo-te tanto, ai não que não amo."
Pedro Chagas Freitas in "Prometo Falhar"

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Desafia a vida...


"Não gostas do teu caminho? Muda-o! Reinventa-o. Vira a vida do avesso se a que tens não te completa. Coloca em causa o que sempre tiveste como certo.


Coloca-te em causa a ti e às tuas decisões! Toma decisões! !! Não deixes andar mais um dia à espera que amanhã o caminho melhore. .... 

Grita com a vida,se assim te apetece.
Passa-lhe uma rasteira,antes que ela te faça cair a ti.....empurra-a para fora dos trilhos por onde toda a gente passa. 


Desafia-a!!!!

Como alguém disse, não és uma árvore com raízes que te prendam ao chão!! Mexe-te. ...."
Rita Leston

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Earthlings

Acho que ainda estou anestesiada... foi demasiada informação num espaço de tempo tão curto! Bem, não foi propriamente informação nova, porque na realidade já tinha conhecimento de quase tudo, mas saber que existe, e VER como acontece na realidade são realmente duas coisas bastante diferentes!

Acabei de ver o documentário earthlings (Terráqueos em português), que é um filme que mostra como a espécie humana sofre de um complexo de superioridade em relação a todos os outros seres vivos que conosco co-habitam na terra... nós achamo-nos superiores a tudo, em todos os domínios, e por isso sentimo-nos no direito de os usar e abusar ao nosso bel-prazer... este documentário, através de filmagens feitas com câmaras ocultas leva-nos ao mundo dos matadouros industriais (e não só), relatando a dependência do homem sobre os animais de forma a obter comida, vestuário, companhia e diversão. 

Foi como se tivesse levado um murro no estômago, e confesso que chorei com a violência das imagens! Achei que não conseguiria chegar ao fim do documentário, contudo não consegui deixar de ver! Como é possível sermos uma espécie tão má?! O turbilhão de sentimentos e emoções que sinto dentro de mim neste momento, impede-me de conseguir escrever com clareza, mas aconselho-vos a verem! Nós vivemos confortáveis no nosso mundo, onde usamos a ignorância como a primeira linha de defesa... se não soubermos não podemos ser acusados de nada! Mas mesmo não sabendo estamos a participar activamente neste massacre quotidiano, porque é devido a todos nós, à nossa necessidade de alimento animal, roupas de peles, animais de estimação, que tudo isto acontece... porque numa sociedade em que só visa o lucro, e não se preocupa com mais nada, isto tudo só acontece, porque continua a dar lucro.... Penso que se começarmos a mudar os nossos hábitos, e as nossas atitudes, será possível mudar...... se não mudarmos algo mudará

"we reap what we sow"

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Obrigada :)

Há pessoas que entram na nossa vida sem nós percebermos bem como, mas quando nos damos conta elas já ocuparam um espaço tão grande que o simples pensamento de imaginar a sua ausência já não é sequer permitido... foi assim que aconteceu contigo!! 

Primeiro não queria que entrasses, mas num piscar de olhos, sem perceber como aconteceu, tudo mudou, e agora definitivamente não quero que saias.... :) 

Gosto de ti! Gosto muito de ti! Por isto, por aquilo... por tanta coisa... 

Mas gostar de alguém não nos dá apenas borboletas na barriga,  sonhos, sorrisos e bons momentos... acaba por nos preocupar com os seus problemas... porque de algum modo os problemas passam a ser nossos também! As suas insónias, os seus pesadelos passam a ser nossos também... e apesar de muitas vezes não podermos fazer nada, estar ali, a ouvir-nos vezes sem conta, muitas vezes em modo repeat, e continuar a estar... tantas vezes sem saber o que dizer, e mesmo assim continuar.. outras tantas com vontade de mandar calar "estou fartou de ouvir isso, não tens nada de novo para dizer?", mas mesmo assim continuar ali... 

...porque a tua presença é importante e muda tudo... é capaz de arrancar um sorriso mesmo quando nem eu própria me consigo aturar! Sim por isto e muito mais és o meu melhor amigo!

Obrigada por me dares o prazer de partilhares o teu tempo comigo!
Obrigada por fazeres parte da minha vida!
Obrigada por me fazeres sorrir! 
Obrigada por me aturares quando nem eu própria me consigo aturar!
Obrigada por tudo o resto.....



domingo, 1 de junho de 2014

Quando for grande.....






"Quando for grande, não quero ser médico, engenheiro ou professor.
Não quero trabalhar de manhã à noite, seja no que for.
Quero brincar de manhã à noite, seja com o que for.
Quando for grande, quero ser um brincador. "

Alvaro Magalhães

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Ignorância....

Ninguém gosta de ser chamado de ignorante... todos nós gostamos de ser cultos, de ter conhecimentos, de saber mais e mais, mostrarmos aos outros o quanto inteligentes somos... mas acho que neste momento a única coisa que queria era ser ignorante... não saber, ponto final! Se não sei, não vou sofrer com isso! Não aconteceu! Não existe! E se não existe não pode magoar.... mas a partir do momento em que sei, já não é possível deixar de saber....
... e qual a atitude correcta a tomar com este conhecimento?! O que posso fazer com ele, agora que ele faz parte de mim?! Posso transformá-lo de pesadelo em algo de útil?! Como...?!! 
Acho que de qualquer forma só queria não saber.....

quarta-feira, 21 de maio de 2014

I've been there!


A verdade é mesmo esta... por muito que tentemos colocar-nos na pele dos outros, é impossível realmente compreendermos o que eles sentem se não tivermos passado por uma situação igual ou semelhante! Podemos imaginar... podemos sentir empatia... podemos tentar compreender... mas na realidade não conseguimos verdadeiramente sentir o que o outro está a passar... 

Eu tento sempre colocar-me na pele de quem fala comigo, mas finalmente percebi que só o conseguimos verdadeiramente compreender após o "I've been there...!" Mas tentar, por vezes já é uma ajuda enorme, e pode fazer toda a diferença :)


segunda-feira, 12 de maio de 2014

Solteiros 3.0: o amor deixou de ser para sempre?

Será que realmente hoje em dia não conseguimos amar para sempre?! Não quero acreditar nisso, mas.... 

"O mais provável é que nunca tenha sido para sempre. Não me refiro ao amor de pais aos filhos, esse doce sentimento familiar que raramente se corrói e subsiste a males e desgraças. Nem do amor ao próximo e aos animais. Falo do amor que nasce da paixão e fica quando ela não resiste. Estaremos perante um novo paradigma social, face à nova onda de relações assentes em contratos a termo?

Não me parece. A mudança a que estamos a assistir é condicionada e aparente. Condicionada, porque os nossos comportamentos só estão mais visíveis, mais transparentes e mais fáceis — socialmente esta mudança está a ser mais aceite. Aparente, pois há um século a esperança média de vida era de 50 anos e hoje ronda os 80. Vivemos mais! Portanto, muitos dos que achavam que amavam para sempre, simplesmente não viviam tempo suficiente para descobrirem que talvez não. O mesmo efeito acontece com a saúde: as doenças cardiovasculares só chegaram ao topo das causas de mortalidade porque as pessoas passaram a viver tempo suficiente para o provar, uma vez resolvido o problema das infecções.

Este é obviamente apenas um dos vértices da questão. Porque o argumento mais importante é que hoje as pessoas resistem menos a viverem num amor morto, numa relação que transforma o lar numa casa mortuária feliz, onde a câmara ardente se vive com a tranquilidade de quem se habituou à ideia que basta sobreviver. O tempo dessa condescendência já passou e, em parte, graças à tecnologia que vai denunciando as pequenas infidelidades e as grandes deslealdades. E uma vez descobertas, já ninguém aguenta. Até porque o solteiro 2.0 — o divorciado de há duas décadas — era um marginalizado social de que não há memória. O solteiro 3.0 muitas vezes nem se chegou a casar e aterra sem pára-quedas numa espécie de meia-idade prematura, cheio de energia e alegria, como se tivesse renascido da uma morte lenta. Mais do que tolerados, já são socialmente normais. Bem vistos, até, por terem tido a coragem de querer voltar a viver e a celebrar essa vontade em animados festins de grupo.

Essa celebração é saudável, porque é autêntica e genuína. Porque tudo o que faz querer viver mais e sorrir melhor vale a pena. Mas substituirá no longo prazo a necessidade de um amor que fique? Julgo que não.

Será o amor para sempre impossível? Não. Provavelmente só é muito difícil, como tudo o que vale a pena. Porque o mais fácil é apaixonarmo-nos. Complicado é mantermo-nos apaixonados, interessados. Não é obviamente em câmara ardente que se segura um amor para sempre, mas duvido que seja com renovação de roupagem que nos fazemos vestir de felicidade. Precisamos de saber dar aos outros como se fosse a nós mesmos e interessarmo-nos por quem amamos como se fosse connosco. Porque só assim nos mantemos interessantes, precisos, parceiros, nossos. Porque essa é a característica patente nas relações que duram: nas relações familiares, quase sempre imortais.

Embora fundamental, este altruísmo para com quem amamos não chega. Precisamos de saber renovar, de aprender e dar de novo, de começar tudo como se fosse hoje a última vez. Como se fosse a primeira vez, num rastilho com cheiro a pecado até o aroma ser doce outra vez. Porque um amor sem altos e baixos é como um deserto: adormecemos na monotonia de uma paisagem sem cor."
Pedro Barbosa 

domingo, 11 de maio de 2014

Sem pressa




Sim, todos vocês têm razão... eu sei disso, mas às vezes um pouco de apoio não era má ideia...
E sim, realmente não sei o que quero, mas vou percebendo o que não quero, e isso já é um principio, certo?!

terça-feira, 6 de maio de 2014

É melhor ser alegre que ser triste

"...E a tristeza tem sempre uma esperança
A tristeza tem sempre uma esperança
De um dia não ser mais triste não..."




domingo, 4 de maio de 2014

Dia da mãe!

Mãe!! não me recordo... mas provavelmente uma das primeiras palavras que pronunciei... Hoje é o teu dia, e embora por todo o lado digam que é o dia de todas as mães, para mim é apenas o teu! Hoje é o teu dia MÃE! Sei que nem sempre concordamos e muitas vezes discutimos, mas sei que estás sempre lá para mim, como todo esse teu amor incondicional e imensurável... Não tenho palavras para definir e descrever todo o amor que sinto por ti, mas também nunca fomos pessoas de muitas palavras... um abraço vale mais do que tudo isso....


Por tudo o que és e por tudo o que me fizeste ser, OBRIGADA! 

GMT...


segunda-feira, 28 de abril de 2014

Water for Zâmbia...




Eu sei que é difícil, mas fecha os olhos e por breves momentos imagina que vives em condições de extrema pobreza... que todos os dias tens que fazer vários quilómetros, várias vezes por dia, apenas para ter acesso a um pouco de água... água essa que se encontra numa poça lamacenta, com insectos, dejectos de animais entre outras desagradáveis surpresas.... água que tens necessidade de beber, mas que sabes que agora, mais logo, amanhã ou noutro dia em breve, acabará por te fazer mal, e talvez mesmo ser fatal... não tens outra! Tens sede... é a tua única opção... é uma ameaça constante! E tudo o que querias era estar na escola a aprender.... mas não podes! Tens ir buscar água....

Acho que para nós que vivemos em países chamados de desenvolvidos, este cenário chega a ser difícil se imaginar... não conseguimos realmente acreditar que este cenário seja sequer possível... como se pode em pleno século XXI viver sem água canalizada?! 

Talvez possamos aprender algo com estas crianças desse país tão distante que é a Zâmbia... onde fica a Zâmbia, será que sequer a conseguimos localizar no mapa?! Talvez saibamos mais ou menos que fica algures para ali em África, de qualquer forma o importante é aprendermos cada vez mais a valorizar as coisas boas que temos, e que damos por adquiridas... que não nos lembramos sequer de agradecer, porque fazem e sempre fizeram parte do nosso quotidiano! Mas talvez ao ver este vídeo nos voltemos a lembrar que são as pequenas coisas que fazem diferença na nossa vida... e por muito pouco podemos também fazer toda a diferença na vida de alguém....

Porque ajudar custa tão pouco....

sábado, 26 de abril de 2014

Mais um ano....


Mais um ano... um a um já passaram 5....!!!
Mas não importa quantos mais passem, não importa onde te encontres agora, vais ter sempre um lugar especial.... 

Beijinho!
GMT minha querida...  obrigada por continuares a brilhar para mim :)

sexta-feira, 25 de abril de 2014

40 anos!!

40 anos! 40 anos desde a nossa revolução pela liberdade.... como me disse aqui uma vez o meu querido amigo Hugo: "Para mim o 25Abril é tanto um dia feliz como um dia de tristeza e melancolia. Faz-me sentir feliz e orgulhoso pois é sinónimo do poder que as pessoas têm quando se unem e lutam por uma causa comum, ainda para mais uma causa tão forte como a liberdade. No entanto também me sinto algo triste pois recorda-me que temos sido um povo forte e conquistador mas que passado alguns anos após as conquistas entra como que em estado de completa apatia. Conquistamos tantos sítios por esse mundo fora e acabámos por entregar quase tudo aos outros. Os nossos pais e avós conquistaram a liberdade e acabámos por entregá-la a uma corja de políticos e empresários que têm feito de tudo para acabar com a dignidade das pessoas e o que resta do nosso país. Costumo dizer que faz falta uma espécie de outro 25Abril. Eu adoro as músicas de intervenção feitas antes e após o 25Abril pois estão carregadas de sentimentos profundos aliados a segundos sentidos em cada frase. E porque hoje sou uma pessoa livre (apesar de alguns nos tentarem sufocar), agradeço imenso pela minha liberdade a quem por ela lutou e colocou a sua vida em risco. Porque unidos somos mais fortes, vamos unir-nos e voltar a tornar este Portugal um país no qual se ame viver e pelo qual vale a pena lutar! Viva a Liberdade,Viva Portugal.

Obrigado!!!" 

Acho que não poderia descrever melhor o que sinto neste momento! Não só neste dia, em que comemoramos a nossa liberdade, mas ao longo de muitas centenas de dias.... porque tal como diz o Hugo, penso que ansiamos arduamente por um novo 25 de Abril... só precisamos de nos unir de novo, numa só alma, a uma só voz, e lutar por aquilo que tanto buscamos, desejamos e merecemos! Obrigada por esta conquista! Obrigada pela liberdade que tenho hoje! Vamos voar para um futuro mais risonho!!!!!


Como já vos contei uma vez, as canções do 25 de abril fizeram parte da minha infância, pois o meu pai cantava-mas vezes sem conta... mas esta é sem dúvida aquela que mais me recorda a minha infância... Obrigada pai :)

E hoje podemos dizer.... Somos Livres.....

Obrigada!!!!!




segunda-feira, 21 de abril de 2014

Benfica

Sim, sou benfiquista... poderia ser portista, sportinguista, parisista, mancherstersita, ou outro ista qualquer! Mas graças ao meu pai sou benfiquista! Acho que aquele ditado que diz, longe da vista, longe do coração, tem o seu Quê de verdade... desde que me lembro que gosto e sofro muito com o futebol! Acho que inevitavelmente fui contagiada pelo temperamento do meu pai nesse campo, e sempre vibrei com as conquistas, chorei com algumas derrotas, sorri muito, sofri outro tanto.... mas desde que me mudei para frança, a minha relação com o futebol ficou um pouco mais afastada! Acompanho as competições, mas com alguma distância! Actualmente é raro ver um jogo de futebol... mas ontem o Benfica ganhou o campeonato! Foi novamente campeão nacional, e apesar de não me sentir tão excitada e feliz como de todas as vezes anteriores, fiquei contente, claro (apesar de achar um pouco excessivos alguns dos comentários postados nas redes sociais, mas já sabemos que há sempre pessoas para as quais os FairPlay é algo que não existe...)...

Mas não pude deixar de ir acompanhando as notícias postadas, e de verificar como esta conquista colocou todo o país a festejar! Uma boa parte de Portugal saiu à rua! Alergia, contentamento, felicidade, estavam estampados no rosto de milhares de portugueses um pouco por todo o país, e até no estrangeiro! 
Claro que tão rapidamente como os cachecóis e bandeiras saíram dos armários para a rua, também começaram a chover críticas de todos os lados... como é que num país quase a desaparecer, em que não há emprego, comida, se pode fazer uma festa assim?! Não haverá coisas mais graves com que se preocupar?! Claro que sim.... mas porque não aproveitar esta paixão em torno deste desporto, deste símbolo para melhorar um pouco a felicidade do país... nem que seja por pouco tempo! O país ficou melhor? A vitória do Benfica ajudou a melhorar a economia do país? Vamos finalmente sair da crise? Não, claro que não... mas a alma dos benfiquistas ficou mais colorida... a verdade é que os milhões de benfiquistas que têm andado centrados nos seus problemas e deprimidos, hoje tinham um motivo para sorrir e serem mais felizes! Porque não os deixam aproveitar essa felicidade? Porque temos sempre que ser egoístas e mesquinhos e querer estragar a felicidade dos outros? 
Eu continuo exactamente como no sábado, com as mesmas dúvidas, os mesmos problemas, as mesmas descrenças num país em que teima em me desiludir a cada dia que passa, e em que apenas procura a felicidade de uma minoria, e teima em que a maioria seja infeliz... mas ontem deitei-me um pouco mais feliz, porque uma das minhas paixões deu-me uma alegria, que embora transitória me fez sorrir! 

Sim, é verdade que eu também gostava de ver toda esta multidão junta de corpo e alma, na luta por um país melhor, por um país onde viver fosse possível e convidativo... um país que não abandonasse os seus jovens e que os obrigasse a emigrar... um país que não obrigasse seres vivos a passarem fome... um país em que viver fosse possível, e não tivéssemos que mendigar pela nossa sobrevivência... gostava de ver toda esta multidão a sair à rua para exigir um país mais ético e justo... um país mais sustentável... um país com rumo próprio e que não ande à vontade de grandes economias ou corporações... um país a sério, com políticas que defendessem os seus cidadãos e não os lobbies instaurados.... gostava de sentir que estamos juntos na luta pela sobrevivência do nosso país! Mas parece-me que isso não é possível... e porquê?! Porque o amor, a paixão pelo Benfica faz-nos acreditar que é possível vencer... faz-nos acreditar que podemos ser felizes! Enquanto que parece-me que deixámos de acreditar em Portugal... não acreditamos em nenhum dos nossos políticos nem nas suas mesquinhas políticas... como nos vamos unir num só corpo e numa só alma em torno de algo em que não acreditamos?! Como vamos sair à rua defender Portugal, se deixámos de acreditar em Portugal? Vamos unir-nos e sair à rua para torcer por quem, se deixámos de acreditar nos políticos? 

Acho que somos um povo forte, cheio de histórias e conquistas que o comprovam! Mas em todas as nossas conquistas nós acreditávamos que podíamos vencer... nós acreditávamos que apesar do enorme esforço que tínhamos que fazer, esse esforço seria recompensado... e agora será que ainda acreditamos?! Será que ainda acreditamos em Portugal?! Será que ainda vamos conseguir sair á rua como ontem, mas não apenas benfiquistas, mas também todos os outros istas, unidos, a gritar a uma só voz por Portugal... eu quero muito acreditar que sim! Que esse dia está para breve... mas para isso precisamos de um "Jesus" que nos faça acreditar de novo em Portugal.....

E enquanto esse dia não chega, deixei-nos a nós, benquistas, vibrar e festejar com as vitórias do nosso clube... em paz, com FairPlay, porque essa alegria de vibrar com as vitórias e sofrer com as derrotas é algo difícil de explicar, mas que nos acompanha independentemente da nossa cor clubística... e quer queiramos quer não, o Benfica é grande.. é Enorme.... precisamos fazer de Portugal algo maior que o Benfica!

domingo, 20 de abril de 2014

Um domingo de Páscoa diferente

Nunca me lembro de acordar tão cedo num domingo de Páscoa... 6:30 foi absolutamente um record! Havia necessidade de acordar tão cedo?! Não, não havia... mas penso que lá no fundo tinha um certo receio de adormecer!! Assim, em vez de adormecer acordei com uma hora de avanço! E contrariamente ao que pensei durante toda a semana levantei-me sem nenhuma contrariedade, preparei-me e lá sai para mais um dia de trabalho!!! Trabalhar no dia de Páscoa?! Sim.... pois, este ano lá me calhou estar de urgência!


Saí e deparei-me com um frio cortante... -1º marcava o mostrador do carro! Nevoeiro cerrado, mas que prometia um bonito dia! E não foi necessário esperar muito, para ser beijada pelos quentes e reconfortantes raios de sol, bastou conduzir para fora de Morteau durante uns 5 minutos!! E inesperadamente dei comigo a sorrir diversas vezes durante a minha viagem para o consultório... com o sol... com a paisagem verdejante que me acompanhou durante toda a viagem... com as vaquinhas que não deixaram de me cumprimentar... com os inúmeros corvos e outros pássaros que esvoaçavam do lado de fora do carro, satisfeitíssimos com o fantástico dia que os esperava... 

Terminei a manhã de trabalho com uma sensação tão agradável.... um grande prazer... como se de alguma forma algo de bom me inundasse o peito! Foi tão estranho (principalmente porque, confesso, passei a semana inteira contrariadíssima por ter que ir trabalhar hoje), mas foi como uma sensação de dever cumprido! Senti-me útil, senti que ajudei alguém... e como esse sentimento é maravilhoso :) Talvez pela primeira vez na minha vida, fiz realmente algo de útil num domingo de Páscoa... algo mais do que trocar amêndoas, folares e chocolates.... talvez este ano o significado da Páscoa tenha sido mais verdadeiro!

Almocei e saí para uma caminhada... uma grande caminhada, quero corrigir! E queria continuar, mas as pernas não deixaram... estavam a reclamar, queriam parar, queriam voltar para casa e para a cadeira... exigiam repouso!! E tive que lhes obedecer... caminhei quase 2:30h, mas mesmo assim percebi como estou em baixo de forma :( e isso fez-me tomar uma decisão! Hora de voltar às caminhadas, hora de voltar a comandar o meu corpo, e não deixar que ele ou a preguiça me comandem... e nenhum dia melhor do que hoje para me comprometer com isso! Está feito... a partir de amanhã há que sair para caminhar pelo menos 3 vezes por semana, está dito!!!

Toda a gente que me conhece sabe como não sou adepta do exercício físico... o desporto é um grande sacrifício para mim! Ginásio então está completamente fora de questão... no  entanto caminhar é algo que gosto, que me dá prazer... então por que motivo sou vencida pela preguiça?!?! Não pode ser... tenho que continuar em direcção à minha vida mais saudável!! Já consegui tantas pequenas vitórias, já consegui mudar tantos hábitos... agora é esforçar-me para tornar o exercício físico, neste caso a caminhada, em rotina! E para isso, para que algo se torne um hábito, se torne rotina, há que o fazer continuamente, pelo menos, durante 12 semanas! Ora toca a começar que a primeira começa já amanhã :)

E apesar de hoje me sentir tranquila, calma, grata e feliz, não consigo deixar de pensar que esta data assinala algo de muito infeliz!! Não sei porque não consigo apagar estas datas da memória, porque motivo elas continuam tão vivas e frescas, mas apesar de alguma tristeza, e de passarem vezes sem fim flashes desse terrível dia na minha cabeça, não deixo de sentir que de alguma forma estás bem, e isso tranquiliza-me! 

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Gabriel Garcia Márquez

"A vida de uma pessoa não é o que lhe acontece, mas aquilo que recorda e a maneira como o recorda." 
Gabriel Garcia Márquez


Hoje foi o dia da partida deste senhor... desde muito jovem que tento ler os livros dele, mas confesso que tenho alguma dificuldade em acompanhar a sua escrita... penso que consegui ler dois completos, e aquele que mais queria ler, os cem anos de solidão, não consegui terminar! Sempre o tive como um grande escritor, mas penso que a minha capacidade de compreensão não acompanha a sua escrita, por isso desisti! Contudo as frases soltas com as quais me vou cruzando, têm sempre algo de especial! Apesar da minha dificuldade em o ler, tenho-o como uma grande pessoa! 

domingo, 23 de março de 2014

Uma semana com companhia

Nesta semana que passou comemorámos o dia do pai, mas foi a minha mãe que veio passar a semana comigo! E soube tão bem:) Acho que tanto a ela como a mim! Foi tão bom ter a minha mãe aqui pertinho de mim... claro que os dias passaram a correr, mas chegar a casa do trabalho e ter um rosto conhecido e querido para me receber muda tanta coisa.... 

Obrigada :) 

quinta-feira, 20 de março de 2014

L'hiver sous la table


Hoje foi dia de Teatro em Morteau, e pela primeira vez, fui assistir a uma peça em francês! Sai de casa com a ideia de que certamente não iria compreender grande parte da peça, mas mais uma vez acho que estava a ser demasiado negativa, porque na realidade a peça foi completamente compreensível, e apesar de não entender todas as palavras, as frases e os diálogos foram captados na perfeição:) Fiquei satisfeita por o meu nível de compreensão ter melhorado tanto... claro que falar é ainda meio complicado devido à falta de vocabulário, mas se me esforçar sei que também este campo pode ser melhorado! 

Esta peça retratava a história de uma jovem tradutora pouco endinheirada que alugou o espaço por baixo da sua mesa de trabalho a um emigrante também ele sem grandes possibilidades económicas, mostrando como aquele espaço se tornou a "sua" casa, e em como a nossa abertura e generosidade nos pode acabar por tornar pessoas melhores e mais felizes! Será a lei do retorno?! 
O melhor da peça? A música... adorei! :)


Obrigada pelo prazer que me proporcionaram :)
Até à próxima!

quarta-feira, 19 de março de 2014

Feliz dia Pai :)


Caminhando sempre lado a lado....tantos dias do pai passados juntos.... quase outros tantos passados longe, contudo, perto ou longe estivemos e estamos sempre lá para o mais importante, para o bom e para o mau....esperando que assim continue por tantos outros anos! 

Um beijinho muito grande, do tamanho da distância que nos separa neste dia e que nos impede de dar aquele abraço fisicamente, mas sabendo que mesmo daqui ele vai ser recebido! Portanto, daqui parte um xi-♥ e um abraço para o melhor pai do mundo , o MEU