segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Corte de cabelo ou pequena tragédia!

Hoje decidi cortar o cabelo ao Pedrinho, pela primeira vez. Já andava a pensar nisso há algum tempo, visto que a franja já estava muito comprida e não lhe saía dos olhos. Apesar de ele não se queixar, de certeza que o incomodava (pelo menos a mim incomoda-me quando está ao nível dos olhos). 

A intenção era boa, mas a execução não sei se podia ter sido pior... 

A tarefa aparentava ser de fácil execução: aparar a franja, qual poderia ser a dificuldade? Ora bem, não teve nada de fácil, pois ele não parou quieto um segundo, sempre a mexer a cabeça e a tentar pegar na tesoura... queria apenas cortar as pontinhas, para que estas não lhe chegassem aos olhinhos mas, com os movimentos, acabei por cortar demasiado... dramatizando um pouquinho poderia definir o meu corte como uma tragédia, pois ficou a parecer algo parecido a um frade, um franciscano, estão a imaginar?! Parece aqueles cortes à tigela muito usados no final dos anos 80, inicio dos 90... Tadinho! Na verdade passei o dia a lembrar-me da personagem do Christian Slater no filme O nome da Rosa (imagem do lado) - não é bem igual, pois o do Pedro ficou ainda mais curto - mas tem algumas semelhanças como poderão comprovar na foto em baixo.... 

Fiquei tristinha e desapontada com o resultado, ainda para mais não o posso ocultar, está bem à vista de todos e de cada vez que olho para ele vejo o resultado da minha acção e do meu fracasso!!!!

Claro que ele de momento não se queixa mas desconfio que, daqui a uns anos, quando olhar para as fotos desta altura, as vai descrever como um tipo de abuso do poder parental: - porque é que não me levaram ao barbeiro? 

Nestas alturas era bom que a vida real fosse um pouco mais como o computador, em que poderíamos usar a tecla undo para desfazer a última acção... assim, poderíamos desfazer o corte, e talvez tentar cortar com ele a dormir, onde talvez ele se mantivesse mais sossegadinho e eu conseguisse melhores resultados (porque desconfio que levar ao barbeiro também não seria uma boa solução, pois apesar de ter muito mais experiência do que eu, o problema da mobilidade do Pedro ia-se manter, logo, a dificuldade também).

Bem, vou parar de ser dramática até porque não vale muito a pena continuar a chorar sobre o sucedido pois não há possibilidade de voltar atrás, e afinal de contas não é algo assim tão grave, é só cabelo e resta-nos ter alguma paciência e aguardar que ele cresça de novo - e no entretanto pode ser que nos habituemos ao novo corte e deixe de nos parecer tão estranho...!! Contudo tenho que concluir que somos nós, os pais, que transformamos os nossos filhos nuns totós....! 

Fotos: 1- imagem do filme o Nome da Rosa / 2- Mel

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