terça-feira, 7 de abril de 2009

Saudade...........


"Trancar o dedo numa porta dói.
Bater com o queixo no chão dói.
Torcer o tornozelo dói.
Um tapa, um soco, um pontapé, doem.
Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua,
Dói cólica, cárie e pedra no rim.

Mas o que mais dói é a SAUDADE.
Saudade de um namorado que mora longe.
Saudade de um amigo que estuda fora.
Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais.
Saudade do pai que morreu, do amigo imaginário que nunca existiu.
Saudade dos lugares que você frequentava.
Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa.
Doem essas saudades todas.

Mas a saudade mais dolorosa é a SAUDADE DE QUEM SE AMA.
Saudade da pele, do cheiro, dos beijos e abraços.
Saudade da presença e, até, da ausência consentida.

Você podia ficar na sala e ela no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá.
Você podia ir para a palestra e ela para a faculdade, mas sabiam-se onde.
Você podia ficar o dia sem vê-la, ela o dia sem vê-lo, mas sabiam-se amanhã.

Contudo...
Quando o amor de um acaba... ou se torna menor...
Ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.

Saudade é basicamente não saber.
Não saber se ele continua sem fazer a barba.
Não saber se ela ainda usa aquela saia.
Não saber se ele foi à consulta com o psicólogo como prometeu.
Não saber se ela tem comido bem por causa daquela mania de estar sempre ocupada; se ele tem assistido aos programas que vocês assistiam juntos; se ela aprendeu a estacionar entre dois carros; se ele tem lido suas mensagens; se ela continua dançando daquele jeitinho enlouquecedor; se ele continua cantando; se ela continua a chorar pela distancia; se ele continua amando.

Saudade é não saber mesmo!
Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos;
Não saber o que fazer com a angústia que tanto atormenta;
Não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento;
Não saber como frear as lágrimas diante de uma música;
Não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.

Saudade é não querer saber se ele está com outra, e ao mesmo tempo querer.
É não saber se ela está feliz, e ao mesmo tempo perguntar a todos por isso...
É não querer saber se ele está mais controlado, se ela está mais bela.

Saudade é nunca mais saber de quem se ama, e ainda assim doer;
Saudade é isso que senti enquanto estive escrevendo e o que você,
provavelmente, está, talvez, sentindo, agora, depois que acabou de ler..."
(autor desconhecido)

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